COP 16, Cancun, México.
9 de dezembro, 2010.
Assista às entrevistas da Democracy Now em www.democracynow.org, direto de Cancun, em especial sobre o tema de REDD (Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação) e mercados de carbono.
Ontem dia 9 de dezembro eles realizaram uma série de entrevistas com os membros do Grupo de Durban para Justiça Climática (Durban Group for Climate Justice): Anne Petermann da Global Justice Ecology Project, Tom Goldtooth da Indigenous Environmental Network, Patrick Bond da Centre for Civil Society na Universidade de of KwaZulu-Natal, e Michael Dorsey da Climate Justice Research Project de Dartmouth College.
Além da entrevista com a ativista e pesquisadora Anne Petermann, os vídoes trazem trechos de discursos do Presidente do Banco Mundial Robert Zoellick (falando sobre REDD plus), o bilhonário George Soros (falando de REDD na Indonésia) e a conservacionista Jane Goodall (falando sobre proteção das florestas).
TOM GOLDTOOTH: está sendo expulso das reuniões da ONU sobre clima por falar a verdade sobre a falácia do mercado de carbono e REDD— ” e é isso que eu tenho feito, falar sobre a insanidade que é a mitigação e soluções para as mudanças climáticas baseadas em sistemas de mercado.Voces sabem, eu estou sendo censurado, por dizer a verdade sobre a fraude do clima preparada pela ONU. E como é irônico, os povos indígenas, que podem ensinar à humanidade como sobreviver a uma catástrofe climática, estão sendo expulsos do debate.”
Enquanto isso no Brasil, o maior detentor de florestas nativas contínuas no mundo, o parlamento federal, trama a votação das mudanças no Código Florestal Brasileiro, fazendo pressão no Governo atual, com total apoio do setor do Agronegócio e sua representante mor a Senadora Katia Abreu – DEM. Querem votar até dia 14 de dezembro de 2010.
Esteja alerta, se manifeste, as mudanças, da forma que estão sendo propostas, não trazem melhoria à qualidade de vida, retiram a proteção das florestas, e o pior, anistiam desmatadores, ou seja, anistiam quem cometeu crime ambiental. Isso é uma afronta à legislação brasileira, e só beneficia um setor da sociedade. E assim preparam a base legal para implantar as falsas soluções, que estão na pauta da COP 16 em Cancun.
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