Amigos da Terra Brasil apoia e defende o manifesto político das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade lançado pela Via Campesina, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Desempregadas e Levante da Juventude neste 1° de março no Rio Grande do Sul, que denuncia a farsa do plástico verde. > Em junho de 2008, a organização do movimento ecológico gaúcho e membro da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS), na época integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), denunciou a liberação de licença prévia ao empreendimento pelo orgão ambiental do Estado sem a necessária apresentação de estudos prévios de impacto ambiental (EIA-RIMA) e sem a consideração dos impactos sociais e ambientais no meio rural decorrentes da expansão da monocultura de cana necessária ao seu abastecimento. Hoje é provido pelas grandes monoculturas de São Paulo e Goiás, alimentadas pela indústria de agrotóxicos e que devastam o Cerrado. Somada a demanda pela falsa solução dos agrocombustíveis, que fomentam o transporte individual de carros nas cidades enquanto matam os trabalhadores e trabalhadoras no campo, a demanda de etanol para a Braskem pressionou a inclusão de 1 milhão e meio de hectares no chamado zoneamento agro-ecológico da cana. Para assim, receberem financiamentos públicos com recursos do BNDES, impulsionando a expansão das monoculturas numa região já devastada pelo agronegócio da soja e pelos desertos verdes dos eucaliptos. Enquanto os recursos públicos vão para grandes empresas financiadoras de campanhas e para o agronegócio, as mulheres agricultoras no campo e na cidade são as que mais sofrem para defender seus territórios, a manutenção da saúde e a produção de alimentos saudáveis para suas familias e para a maioria da população que é abastecida pela agricultura familiar no Brasil. Nos solidarizamos às mulheres que com coragem e legitimidade alertam a população sobre as enganações do capitalismo verde, que se aproveita da sensibilização da população com os problemas ecológicos para promover falsas soluções de mercado e pintar de verde os setores que historicamente contribuem para a degradação ambiental, como o agronegócio e a indústria química.
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