Um minuto de silêncio para lamentar pelo companheiro Hugo Chávez; e redobrar as energías na luta que o tem como exemplo
Amigos da Terra América Latina e Caribe (ATALC) – parte da federação Amigos da Terra Internacional – recebe com profunda consternação e dor a notícia de falecimento do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Rafael Chávez Frías, na atual jornada histórica no caminho de luta da América Latina, devido ao exemplo de entrega, coragem, clareza política, antiimperialismo e solidariedade que a sua figura encarnava na mesma linha dos homens e mulheres inesquecíveis e exemplares dessa terra: Simón Bolívar, Augusto César Sandino, Ernesto Guevara, Fidel Castro Ruz, Farabundo Martí, Monseñor Oscar Romero, Manuelita Sáenz, Juana Azurduy e tantos outros e outras.
Com nosso compromisso por um continente e um mundo com justiça social e ambiental, com respeito e desenvolvimento pleno dos Direitos Humanos, sem exploradores nem explorados, valorizamos, em toda a sua dimensão histórica, o papel desempenhado por Hugo Chávez na execução desses objetivos, com o firme e decidido apoio do povo venezuelano, em especial, dos milhares de homens e mulheres empobrecidos, excluídos e explorados que fizeram parte do processo da Revolução Bolivariana, a qual – confiamos – seguirá firme em frente como uma oportunidade histórica de libertação, desenvolvimento e soberania nacional.
Como latinoamericanos e latinoamericanas, filhos e filhas deste continente negro, indígena e mestiço, rebelde e explorado, reconhecemos, comprometidamente, a contribuição incomparável de Hugo Chávez e do povo venezuelano à integração dos povos sobre os fundamentos da paz, do enfrentamento ao inimigo comum, à comunhão e solidariedade dos povos, organizações sociais e movimentos populares.
A luta empreendida por Hugo Chávez em sua “Patria Chica” venezuelana fortaleceu e orientou corretamente muitos movimentos e organizações sociais, comunidades e até governos populares na nossa “Pátria Grande” latinoamericana; sendo, por isso, uma contribuição histórica imprescritível às novas gerações que enfrentamos de um sistema de capital que marginaliza, explora, destroi e mercantiliza os bens comuns, em benefício de poucos beneficiados às custas do definhamento das grandes maiorías das populações do planeta.
Os pobres do mundo, trabalhadores e trabalhadoras assalariados, campesinos e campesinas sem terra – ou cercados pelas empresas do agronegócios – indígenas removidos pela mineração transnacional, defensores e defensoras dos Direitos Humanos, lutadores e lutadoras que encarnam a resistência em cada lugar da nossa América, façamos um doloroso minuto de silêncio neste dia obscuro de nossa história para chorar e despedirmo-nos do companheiro Hugo Chávez.
Imediatamente, retornemos aos nossos postos de trabalho e de luta nas ruas, nas comunidades, nos microfones, nas universidades, nas escolas para honrar e dar continuidade a uma vida entregue à luta como a do querido companheiro que hoje se converte em inspiração constante e exemplo perene para todos e todas.
A Revolução Bolivariana já é uma vitória, não somente de Hugo Chávez e dos venezuelanos e venezuelanas. É uma construção coletiva que hoje, mais do que nunca, deve fortalecer-se e continuar.
Apoiá-la é um desafio chave nesta etapa para todos os povos da América Latina e Caribe. Alertamos ao mundo inteiro para por seus olhos sobre a América Latina e, especificamente, sobre a Venezuela, para apoiar a mobilização e solidariedade ao processo democrático venezuelano.
Hasta la Victoria Siempre
Companheiro Chávez
Amigos da Terra América Latina e Caribe – ATALC
5 de março de 2013
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