Os principais conflitos ambientais na América Latina começaram a ser debatidos, na tarde de domingo, na Casa NAT, sede da Amigos da Terra Brasil, em Porto Alegre, com o início da programação da Escola de Sustentabilidade da Amigos de La Tierra América Latina y Caribe (ATALC). A edição brasileira do encontro, de 12 a 22 de setembro, pretende formar ativistas com foco no ambientalismo. A Escola de Formação não é uma atividade aberta ao publico. Seu objetivo é organizar e compartilhar formas de análise, ação e luta dos grupos de Amigos da Terra e de movimentos sociais que atuam na área.
Na abertura do encontro, cerca de 40 representantes da Federação de Amigos da Terra na América Latina e Caribe, além de integrantes de diversos movimentos sociais brasileiros assistiram a um documentário sobre a luta das comunidades indígenas do Perú, afetadas pela ação de empresas petrolíferas naquele país. Além da exibição do documentário, houve debate com o professor Hector Alimonda, um dos editores do livro “Amazônia Rebelde – Peru 2009” – publicação do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (Clacso) em parceria com um conjunto de organizações sociais peruanas. Alimonda é um dos formadores que vai trabalhar com oficinas de formação política para os ativistas latino-americanos e caribenhos presentes na Escola.
Na noite de sábado, os participantes do encontro foram recebidos no bar Comitê Latinoamericano e participaram de uma homenagem à memória de Salvador Allende, assassinado durante o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973. Também assistiram a uma produção audiovisual (ver vídeo acima), realizada pelo Amigos da Terra Brasil, sobre os monocultivos de árvores exóticas e seus impactos econômicos e sociais no bioma Pampa. No final da tarde de domingo, os ativistas se deslocaram para o Centro de Formação Sepé Tiarajú, no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, onde a maioria das atividades da Escola será desenvolvida.
Amigos da Terra - Brasil 