Nós, do Amigos da Terra Brasil, repudiamos todo o tipo de ação autoritária que tenha como objetivo a quebra da liberdade de manifestação de qualquer indivíduo que se apresente na luta pelos seus direitos, seja ela por igualdade, moradia, educação, transporte, terra, alimentação, etc. Não podemos aceitar que o Poder Público siga perseguindo e coibindo manifestantes sem motivos aparentes e de maneira arbitrária ao decorrer dos processos de mobilização social que vem tomando as ruas do nosso país, estado e município. Os inquéritos iniciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, criminalizando atos públicos que se desenrolaram com o processo das Jornadas de Junho de 2013 e seus envolvidos diretos, assim como a violência da Polícia Militar em suas operações nas ocasiões, fere totalmente nossa autonomia perante o direito de livre contestação, adquirido ao preço de inúmeras vidas após o final dos anos de chumbo do regime militar instituído em nosso país.
Recentemente, o inquérito que trata do tumulto ocorrido no Estádio Tesourinha em março de 2014 na audiência sobre o transporte público de Porto Alegre, teve a inclusão de uma nova ativista no processo, deixando clara a perseguição do Ministério Público com os movimentos sociais. A militante é Claudia Favaro, arquiteta e urbanista, integrante do conselho diretor do IAB-RS, da Resistência Urbana, do MTST em Porto Alegre e do Conselho Consultivo do Amigos da Terra Brasil.
Manifestamos nossa total solidariedade com xs acusadxs deste inquérito – Claudia, Brisa, Gil, Fabrício, Sheila e com todxs demais lutadorxs que se veem repreendidos pelos órgãos públicos ao terem a coragem de lutar pelas questões sociais de importância vital ao povo.
Não à criminalização dos movimentos sociais!
Porto Alegre, 28 de janeiro de 2015
29 janeiro, 2015 at 11:23
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